Amigos...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Instinto



Gosto da liberdade que o cair da tarde traz consigo,
plena de sonhos,
possibilidades de realizações,
Preciso escrever!
Às páginas do meu pensamento, me lanço...
me perco e me identifico...
Inspirações fluem dispersas,
sentimentos livres de paradigmas e aparências...
Olhos fechados, no escuro do meu ser,
iluminado apenas pela luz da minha alma,
sinto o mundo imerso em mim...
Despida da necessidade humana de ser restrita,
sou simplesmente eu mesma.
Na noite,
posso ser tanto e quanto anormal julgar-me capaz,
Se é prá ser, vou logo querer voar...
quero viver tudo,
Só existir não vai me bastar.
Eu sou assim, inconsequente...
preciso me apaixonar por tudo,
todos os dias... o tempo todo...
Não censure o meu modo de sentir,
se não posso ser eu mesma,
o que faço aqui em mim?
Me solte...
Deixe-me evoluir!
Não desejo poupar-me...
quero as experiências indeléveis da vida...
De todos os sentimentos,
aquele sem nome...
Posso sonhar!
Abandonar-me-ei aos campos do livre pensamento,
para ao sabor do vento,
ir e vir no espaço/tempo da minha existência...
Divagar...
Essas pensações liquidificam minh'alma,
me deixando inebriada das minhas próprias ânsias...
Não me cabem definições,
no contexto geral, são apenas conveniências,
contenção.
Não queira privar-me,
sou exatamente essência...
Insensatez!
Minha existência lisonjeira
me cobra algo mais do que conceitos e teorias prontas,
Busco sensações...
e a minha vontade não tem razão
muitas vezes, nem rima...
Só versos dispersos... funções desconectas de sonho,
à flor da pele... coração...
Fim da noite, vai amanhecer...
O calor e a luminosidade do sol
fazem despontar em mim energias reticentes,
arrepios, infinitas inspirações...
misturadas, contidas e extravasadas.
Instinto avassalador!
...Viver é algo imensurável...

by Verônica Pacheco

sábado, 13 de agosto de 2011

Plural



Unidade...
indeterminada porção,
Composição agregada
Ím (pares)...
Percepção.
Fundo, fecundo,
arte em partes...
Formação.
Desenvolvimento sensorial,
alma, coração.
Notável presença...
confirmação.
Ela...
parte de um todo, diferente de tudo,
situação imediata,
Vida!
Uma centelha
que agora cresce fora de mim....
Plural,
dividida em dois.
Interligadas.
[...]
Agora e Sempre Seremos Nós... 
Evolução!


By Verônica
para minha filha, Luiza.

domingo, 7 de agosto de 2011

Síntese Debochada



Perdoe-me se o riso é fácil,
você, modéstia em fuga,
Expressão de olhar marrom
no silêncio
entendimento mudo.
Segure o riso,
disfarce o corpo,
respire fundo,
não muito.
Excesso de tudo.
Alma de exuberante.
Exuberância.
Razão sem juízo
Vice-versa é avesso
A insanidade te protege.
Debochada, invade,
impõe presença.
O brilho que ofusca é o mesmo que ilumina.
Mulher,
se és incrível sozinha,
juntas somos incríveis quadrados!!
Ops,
Errei!!
Incríveis ao quadrado...
Risos, risos, risos.

By FullRed

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Singular




A existência,
audaz e criteriosa...
Onde sutil é a intenção,
hostil, o desejo de ser...
Fundamentada na imaginação,
outro substantivo feminino de amplo conceito,
sentimento ínfimo, de sonhos e atitudes,
Condição de quem existe
à espreita de uma possibilidade, de causar...
Essa força motriz que impulsiona a vida
e nos faz diferir das coisas inanimadas, duras e frias.
Movida pela paixão, intransigente,
sempre em busca de algo à realizar...
Ao definir-me, pecando por exageros,
gênero ímpar, num verbo irregular,
Posso dizer-me extremamente sentimental,
logo eu, a primeira pessoa do singular.

[Verônica Pacheco]



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Reflexo



Ainda é noite,
Ouço a chuva, o vento...
Faz frio.
De um lado para outro, inquieta, percorro-me...
Diante do espelho da minh'alma,
vejo refletida uma imagem,
Igual à todas
num tão diferente jeito de sentir...
Intangível,
Improvável,
Intransponível no meu próprio ser...
Sou eu.
Questiono-me:
quão grande é o propósito
da minha vinda...
A razão de ser eu,
E a de estar exatamente aqui...
Não sei à que vim,
Mas ao menos
uma certeza, tenho...
A minha estada não há de ser vã...
Não preciso de um só caminho,
Os tenho todos em mim...
E quando o momento chegar, irei.
Onde?
Não sei!

[Verônica Pacheco]