Amigos...

domingo, 21 de outubro de 2012

Sem Sentido...



Contrariedade,
Dia sem ânimo...
Caso do acaso, distração...
Ar rarefeito, clima de vácuo,
Cem passos soltos,
Saltos, sobressaltos...
nenhuma direção.
Procura às cegas,
Um fato, um ato...
redenção.
Em busca de movimento,
Sopro com força...
do nada, uma razão,
Sopra o vento,
Sempre-viva... a Vida,
Com longos ramos e rimas,
acorda a inspiração...
Move as folhas das árvores,
as asas do sonho...
Faz brotar do solo seco,
toda a fé que cabe ao coração.
Alívio... suspiro...
Transformação...
Vem chuva! Apaga a poeira da maldade,
deixa viver a esperança...
Abaixo a negatividade!
Transforma a forma em ato
faz da calmaria um embalo,
e dança... canta e causa...
Tudo o que se tem agora
é o momento,
De todas as tristezas,
apenas um sorriso.
E logo surgem todas as notas...
Acordes de uma canção.

(Verônica Pacheco)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Retórica




Caminhos se fazem aos passos,
com os pés descalços,
Coração nas mãos...
Às voltas com os sonhos
de dias melhores,
Olhos fechados, 
Visão...
Superlativo da razão,
Sujeito... Predicado.
Agente do ato,
Na retórica da vida,
Mutação...
Condição favorável,
Na espera,
Com(fusão).
Positivo!
Definição...
Uma certeza.
Tudo mudou...
Propósito divino?
Indefinido,
Revolução.
A vida se expande,
Comprimindo mil sonhos em um só...
E depois de tantos passos,
correndo, aos saltos,
Calmaria...
"Serenidão"...
Logo mais andará por aí,
Mais um pedaço do meu coração...
E eu, 
Cais... 
Aqui, à espreita das novas sensações...
Desses novos dias que virão!

Verônica Pacheco

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Homeopatia





Vontade de não sei o quê.
Desconforto...
Acidez.
Causas de consequências...
Ausência voraz!
Auto-exame...
Tratamento
Doses homeopáticas
Diluídas em sonhos genéricos...
Bula
Indicações: na alegria e na tristeza...
Sinta menos...
Diminua o ritmo dos sentimentos...
Cautela...
As contra indicações são tantas,
Em síntese...
Ao menor sinal de dúvida
Não vá!
Poupe-se.
Sob exposição contínua,
Use filtro solar.
Tema o desconhecido.
Pare... Nem pense!
Sem vírgula,
Só ponto.
Interações medicamentosas:
Não use com ousadia.
Três pontos
...
Não veja.
Só ouça.
Não fale.
Suspensão...
Na aventura efêmera do tempo,
a amplitude comprime a reação adversa.
E subtraindo a vaidade,
Acontece!
A hora é sempre o agora.
Diante da dor, a verdade.
Na saúde e na doença...
Eu sou do tempo onde bonito
não era parecer correto,
nem ter coerência,
Mas Ser Feliz!

(Verônica Pacheco)

sábado, 7 de julho de 2012

Infinita...




Mais uma sexta
entre tantas sextas,
...Mais um dia, uma semana, um mês.
Meio ano.
...Frio.
Inverno.
Momentos feitos de lembranças,
de saudades de tudo o que não vi.
Quisera que os olhares fossem outros.
Noutros horizontes.
Outras coisas
...Mas ainda não.
Nunca antes do derradeiro momento.
...O olhar será exposto, ainda que obsoleto.
Virá!
Por hora não vejo... mas sinto.
Em noctívagos hábitos,
...Fruição.
Respiro... me inspiro.
A Primavera dos sonhos não tardará à chegar
Me doo às palavras que exalo,
Sou canto.
Sou conto.
Sou pranto,
Alçando voos de contemplação.
Altitudes...  "L'Atitudes"... Longitudes.
Voltas e voltas
...nenhuma em vão.
Em gestos distantes.
Atos que se perdem
em meio à tantos fatos.
Há tantos caminhos,
constantes e inconstantes.
São como as marés no Verão.
Passos...descompassos.
São sete cores, sete dias, sete orações,
...Em cada qual um agradecimento,
Uma marca, uma vontade.
Abraços vindos dos braços de uma criança,
há sorrisos... muitos projetos...
Onde há esboços de carinho
Surgem fragmentos de sonhos.
Ainda que incertos,
Outono...
E o que parecia o fim, era só um recomeço...
Contínua.
...Infinita...

(Verônica Pacheco)

terça-feira, 3 de julho de 2012

Inquietação




Caminhos às cegas...
Noites sem sono nem lua,
Instintos que se postam
ao sol, à luz, ao calor...
Libertos, evaporam,
Resquícios de sentimentos.
A retórica da certeza passa pela abstração do sonho,
E destituída dos artifícios da razão e da consciência
Passa a ser sentida.
Causa justa...
Sem data nem hora marcada,
Sôfrego suspiro de esperanças...
Ante aos abismos de fúrias impostas,
Dispostas à defesa sem culpa.
Inocentes e indolores marcas.
Olhares.
Palavras.
Sintomas.
Verdades.
E quanto ao tempo,
Só vaidade...
Quem sou eu?
Prostrada ao reflexo vão,
Insisto em abrandar 
a imagem em mim já distorcida.
Impeço o passo,
Distorço o fato da lisonjeira vontade.
Invariável... 
Abstrato.
A falta que faz a fala
quando nos falha o olhar...
Corrompe.
Invade.
Fere sem sentir.
Dói sem doer.
Dá, depois toma...
Sente, depois chora...
Olha sem nunca ver.

(VerônicaPacheco)

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Semiótica



Partes que partem,
Se repartem...
Caminhos se cruzam
em desencontros premeditados...
Espaços que se esvaem em lembranças,
Caso do acaso.
Esperança...

(Verônica Pacheco)

sábado, 5 de maio de 2012

Faz de Conta...




1,2,3...

Passos ávidos equilibram-se
na aventura do meio-fio...
O coração anda aos saltos
em busca de novos caminhos...
Mais uma vez o rumo se fez,
e desta vez deram-lhe asas!
A possibilidade de ousar...
Poderia com as suas palavras,
muitas outras vidas significar.
Tinha nos olhos muitos ideais,
e nos braços, infindos abraços,
Toda vida queria abraçar!
Acreditava na magia que habita
em cada semente,
No indescritível processo de aprendizado...
Onde se deixa em cada pedacinho de sonho plantado,
um gesto de amor esperando brotar.

Eram tão simples os momentos,
feitos de pequenos detalhes...
A euforia da espera
o contato com o mundo
na biblioteca...
E tantos beijos...
Tantos abraços apertados...
Quantos seriam eles?
Nem sei!
O que sei é que em um só dia
eram tantos carinhos sinceros,
sorrisos de ternura e verdade,
Que algumas pessoas precisariam
de anos para os receber...
Os sentidos vibram, o instinto quer ousar..
A hora do conto é como um canto,
de onde surgem todos os imaginários encantos,
Entonações, ritmos, melodias,
e tudo o que respira quer cantar!
Quando escuta-se uma história contada pela voz do coração
ela sai do livro e dentro da gente vem logo morar!
Ali, quem conta um conto, não aumenta só um ponto,
mas vários pontos de luz que lá no futuro haverão de brilhar...
Como bolhas de sabão soltas ao vento,
a euforia se veste de inquietação,
E cada olhar, cada gesto...
é uma busca constante por mais e mais informação...
Toda a história sempre tem
um pedacinho da história de cada um.
E em cada página, a possibilidade,
de mudar para melhor a vida de alguém.
Significa, enfeita, adapta, ameniza, prepara...
Canta, conta... reconta.
Escuta... Ensaia o passo.

Silencia. Interioriza.
Ah! Como o caminho é belo...
muitas árvores e um jardim.
No meio das flores há borboletas,
também pedras, sinto um cheiro bom
que parece ser de capim.
As luzes que vejo ainda são as mesmas,
e brilham como nunca!
A brisa tem o aroma do colo da avó...
Quem dera voltar no tempo
e poder fazer de conta
que não há na terra
sequer uma criança triste,
E que toda a maldade que existe,
está para acabar...

...98, 99, 100!
Lá vou eu,
Quem não se escondeu é meu!

E lá vai ela de novo à procura de novas rimas,
boas histórias que outros queiram ouvir e  também contar...
A propósito...
Quem quer brincar de inventar?

Era Uma Vez...
ao contrário do que alguns pensam, nunca acaba,
Porque em cada "canto" desse mundo redondo,
há um encanto esperando Fantasiar!

(Verônica Pacheco )

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Sentimentos Aleatórios




Do nada
ela estava ali,
e mesmo não sabendo o porquê da permanência,
ficou...
Se haviam razões para ir,
Haviam tantas outras relevantes para ficar...
Do nada
veio a esperança,
que mesmo trazida aos trancos pelo acaso
Fez da presença sentimento contínuo...
E depois de tanto andar em vão
Ancorou... Criou laços...
Significou...
by Verônica Pacheco