Amigos...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Abstinência










Vazio...

Excesso de nada

Propósito de tudo...

Dentro de mim o grito cala,

Inebriado de anseios

Sussurra... calma!

As sombras comprimem a luz,

O cinza encobre as cores...

E o meu silêncio ecoa as palavras não ditas,

Sentimento ousado...

Poucas falas,

Suspensas no tempo da existência,

Vagam sensações raras...

Sonhos em gotas.

As flores ainda vivem,

Apesar da poeira ainda refletem sonhos no orvalho das horas...

O ponto de referência é sempre a partida,

E o destino... infinito!

O vácuo deixado pela transparência da tua essência,

Presente nos dias pálidos de inspiração ausente...

Doses de Abstinência.





Às cores e flores do mundo
by Verônica Pacheco

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Nude



No contexto do tempo
as horas passam,
Nas nossas mãos,
A inenarrável...
Improvável mudança.
Alheio ao nosso controle,
Tudo corre para o caos.
Dias Iguais...
E diferentes,
Estranhos,
Fotos... Fatos...
Conspiração,
Amplitude.
Extremadas opiniões,
Tudo ou nada...
Insatisfação!
Diante das causas... as consequências,
Observação.
E a intolerância,
a impaciência...
O desafeto...
A maldade mascarada de virtude,
Incoerência...
Inconsequência...
Repulsa,
Revolta...
Ato falho,
Reação...
Nude,
o tom mais usado...
Também o mais polêmico...
Do ponto que se olha,
Distorção.
Condição: Em análise...
Neutra.
Sobre o que se vê de tudo.
O que se passa ao nosso redor...
By Verônica Pacheco
em Pensações

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sol


Quando me irradias
A noite vira dia,
 as trevas ficam arredias...
tudo se transforma... é magia
Vai tristeza, vem alegria!
Sol que me esquenta
Rubro por fora, queima por dentro
Fogo que não se apaga
Torno-me dependente
Cada vez mais carente
do teu calor, do teu fulgor!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ressonância



[...]
Avessa aos sentimentos
simples e incondicionais
que harmonizam a existência
digna de Paz
habita ela,
a algoz injustiça...
Transbordando maldade
às palavras e atitudes de quem não mede consequências...
respingando fel à sombra de quem se mantém alheio,
por vezes, isolado sob senha por detrás das portas ocas
e grades já enferrujadas pela ação do tempo voraz,
Na ausência sente-se suspensa  a presença,
e na falta que faz a sensibilidade
ao desequilíbrio da questão...
Fato lastimável,
Violência infundada
baseada em teses imaginárias,
promessas vãs,
endividamento sem causa...
Comprometimento... caos interno,
Sufoca o grito de justiça não feita,
indignidade ingrata...
Das mãos sujas de sonhos esmagados à força bruta
escorrem ofensas desmedidas
à vida,
que em meio às rochas ainda quentes
das lavas expelidas da garganta irritada de palavras ásperas,
ainda insiste em brotar ramos de verde esperança...
É chegado o momento da poda,
do basta...
de calar a leviandade
a calúnia,
a difamação...
De fazer valer o respeito
ao próximo, e principalmente a si mesmo...
Vergonha... à quem a tem...
O conjunto de estruturas que compõe a base...
Dignidade! Ainda que tardia...
Pois o que há de se ganhar
sendo cólera,
como ferrugem na carcaça crua e fria
do ser estático,
Inebriante vapor de veneno,
doença que corrói a alma,
condenável,
displicente,
Causa provável
da inconsequência muda das atitudes
loucas e inquietas
em que se está só por estar...
Magnetismo convertido em repulsa,
Egocentrismo nato de oásis à espreita da miragem
aos olhos de quem a quer assim imaginar...
se tens em ti predominante a aridez do deserto,
não tenhas a pretensão de ver nascer flores,
só o que vinga no solo seco é o espinho
ardido da enfadonha maldade,
Ponto que se tem no caminho tudo o que se busca
e nem sempre o que se busca é o que se quer...
Certezas... Incertezas,
Plantios e colheitas...
A mesma mão que afaga e protege também pode
inescrupulosamente destruir...
Não se pode esperar
que artefatos comprados à custa de ilusões mal sucedidas
sejam dignos de boas experiências
e lembranças sóbrias de dias mal vividos...
Repulsa...
à quem sangue tiver nas veias,
Reflexão...
Sem mais,
O pulso ainda pulsa [...]

Para Crítica à Antologia de Fatos e Atos...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Instinto



Gosto da liberdade que o cair da tarde traz consigo,
plena de sonhos,
possibilidades de realizações,
Preciso escrever!
Às páginas do meu pensamento, me lanço...
me perco e me identifico...
Inspirações fluem dispersas,
sentimentos livres de paradigmas e aparências...
Olhos fechados, no escuro do meu ser,
iluminado apenas pela luz da minha alma,
sinto o mundo imerso em mim...
Despida da necessidade humana de ser restrita,
sou simplesmente eu mesma.
Na noite,
posso ser tanto e quanto anormal julgar-me capaz,
Se é prá ser, vou logo querer voar...
quero viver tudo,
Só existir não vai me bastar.
Eu sou assim, inconsequente...
preciso me apaixonar por tudo,
todos os dias... o tempo todo...
Não censure o meu modo de sentir,
se não posso ser eu mesma,
o que faço aqui em mim?
Me solte...
Deixe-me evoluir!
Não desejo poupar-me...
quero as experiências indeléveis da vida...
De todos os sentimentos,
aquele sem nome...
Posso sonhar!
Abandonar-me-ei aos campos do livre pensamento,
para ao sabor do vento,
ir e vir no espaço/tempo da minha existência...
Divagar...
Essas pensações liquidificam minh'alma,
me deixando inebriada das minhas próprias ânsias...
Não me cabem definições,
no contexto geral, são apenas conveniências,
contenção.
Não queira privar-me,
sou exatamente essência...
Insensatez!
Minha existência lisonjeira
me cobra algo mais do que conceitos e teorias prontas,
Busco sensações...
e a minha vontade não tem razão
muitas vezes, nem rima...
Só versos dispersos... funções desconectas de sonho,
à flor da pele... coração...
Fim da noite, vai amanhecer...
O calor e a luminosidade do sol
fazem despontar em mim energias reticentes,
arrepios, infinitas inspirações...
misturadas, contidas e extravasadas.
Instinto avassalador!
...Viver é algo imensurável...

by Verônica Pacheco

sábado, 13 de agosto de 2011

Plural



Unidade...
indeterminada porção,
Composição agregada
Ím (pares)...
Percepção.
Fundo, fecundo,
arte em partes...
Formação.
Desenvolvimento sensorial,
alma, coração.
Notável presença...
confirmação.
Ela...
parte de um todo, diferente de tudo,
situação imediata,
Vida!
Uma centelha
que agora cresce fora de mim....
Plural,
dividida em dois.
Interligadas.
[...]
Agora e Sempre Seremos Nós... 
Evolução!


By Verônica
para minha filha, Luiza.

domingo, 7 de agosto de 2011

Síntese Debochada



Perdoe-me se o riso é fácil,
você, modéstia em fuga,
Expressão de olhar marrom
no silêncio
entendimento mudo.
Segure o riso,
disfarce o corpo,
respire fundo,
não muito.
Excesso de tudo.
Alma de exuberante.
Exuberância.
Razão sem juízo
Vice-versa é avesso
A insanidade te protege.
Debochada, invade,
impõe presença.
O brilho que ofusca é o mesmo que ilumina.
Mulher,
se és incrível sozinha,
juntas somos incríveis quadrados!!
Ops,
Errei!!
Incríveis ao quadrado...
Risos, risos, risos.

By FullRed

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Singular




A existência,
audaz e criteriosa...
Onde sutil é a intenção,
hostil, o desejo de ser...
Fundamentada na imaginação,
outro substantivo feminino de amplo conceito,
sentimento ínfimo, de sonhos e atitudes,
Condição de quem existe
à espreita de uma possibilidade, de causar...
Essa força motriz que impulsiona a vida
e nos faz diferir das coisas inanimadas, duras e frias.
Movida pela paixão, intransigente,
sempre em busca de algo à realizar...
Ao definir-me, pecando por exageros,
gênero ímpar, num verbo irregular,
Posso dizer-me extremamente sentimental,
logo eu, a primeira pessoa do singular.

[Verônica Pacheco]



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Reflexo



Ainda é noite,
Ouço a chuva, o vento...
Faz frio.
De um lado para outro, inquieta, percorro-me...
Diante do espelho da minh'alma,
vejo refletida uma imagem,
Igual à todas
num tão diferente jeito de sentir...
Intangível,
Improvável,
Intransponível no meu próprio ser...
Sou eu.
Questiono-me:
quão grande é o propósito
da minha vinda...
A razão de ser eu,
E a de estar exatamente aqui...
Não sei à que vim,
Mas ao menos
uma certeza, tenho...
A minha estada não há de ser vã...
Não preciso de um só caminho,
Os tenho todos em mim...
E quando o momento chegar, irei.
Onde?
Não sei!

[Verônica Pacheco]

sábado, 30 de julho de 2011

Sem definição... só sentimento!




Como diria Clarice... ela mesma... a Lispector...

"A felicidade aparece 
para
 aqueles que reconhecem 
a importância
 das pessoas
 que passam
em 
nossas vidas..."


*Em especial as que passam e ficam...

Tenho em minha vida
pessoas iluminadas... 
E, pela falta
de um termo
mais adequado...
Costumo chamá-los de Amigos...

Compartilhando a autoria do blog...
Agora, passamos a ser Nós...

*À quem, dos queridos amigos, interessar aqui escrever... Solicite acesso!*
Toda manifestação de bem será promovida...


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Passagens



Divagando
em pensações.
Na aliteração de ideias,
fluxo inconstante
Como que por abdução, me vou...
Incertezas...
Me vejo,
como em um delírio
protegida,
não estou lá...
Olhando para trás
Contemplo imagens dispersas
Resquícios de lembranças desfocadas,
Serão elas cenas de filmes?
Reluto em olhar.
Confusão...
Estive mesmo naquele instante?
Sei lá,
mas o lugar não é estranho...
Atuei naquelas cenas
ou o que vejo são personagens?
Não tenho certeza,
Os dias passaram despercebidos?
Foram eles mil dias,
ou mil vezes a repetição do mesmo dia?
Convicção...
De alguns sinto saudades,
dos bons...
mais incertos do que ruins...
Depois de acostumar-me a viver pela metade
aos poucos
fui tomando o meu campo de visão
como o limite do meu mundo...
Lembrar ainda faz sentir
mas o que são as marcas
senão resultados da vivência...
Resquícios de constante construção.
Determinação...
Querendo ouvir,
subitamente ouvi alguém que me chamava
Contemplando uma saída,
e guiada pelo ímpeto da vontade, fui...
Sistemático senso de direção
Liberdade, enfim...
E, como quem acorda de um sonho,
finalmente posso seguir,
Respiro...
ouço o meu coração...
ele anseia por coisas novas
fundamentadas em amor...
De posse da minha vida
Posso ser o que quiser...
Desejo fazer coisas que me façam feliz,
e pouco a pouco,
ser sempre melhor...
Das experiências faço versos,
só não as aproveita quem não quer... 
                                                                             [Verônica Pacheco]

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Igual... Desigual...




Eu desconfiava;

Todas as histórias em quadrinhos são iguais.

Todos os filmes norte-americanos são iguais.

Todos os filmes de todos os países são iguais.

Todos os best-sellers são iguais.

Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol são iguais.

Todos os partidos políticos são iguais.

Todas as mulheres que andam na moda são iguais.

Todas as experiências de sexo são iguais.

Todos os sonetos, gazéis, virelais, 

sextinas e rondós são iguais, e todos,

 todos os poemas em verso livre são enfadonhamente iguais.

Todas as guerras do mundo são iguais

Todas as fomes são iguais

Todos os amores são iguais, iguais, iguais.

Iguais todos os rompimentos

A morte é igualíssima.

Todas as criações da natureza são iguais.

Todas as ações, cruéis, piedosas, ou indiferentes, são iguais.

Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem,

bicho ou coisa.

Ninguém é igual a ninguém.

Todo ser humano é um estranho ímpar."

"A paixão medida".


[Carlos Drummond de Andrade]

terça-feira, 26 de julho de 2011

Revolução




Alvo fácil… sentimental, subconsciente.
Ilustre, mártir.
Território subversivo…
Insólito coração.
Ali onde habitam os tesouros
achados preciosos de inefável valor,
A adversária… proeminente entre os sentidos
Salienta-se, faz-se ouvir,
Circunspecta razão…
via constante de possíveis acertos
e sucintas decisões.
Na adversidade,
Cada um não é um, é meio…
e solitário desvirtua-se de si.
Nada ganha quem tudo perde…
Sentimentalmente afetada, contemplo a impressão a esvair-se,
argumentos da dúvida, real situação
Ainda e sempre impera a vontade,
mas esta mesma regida pela emoção.
Na razão também pode-se desnortear
Justo que nenhum diagnóstico é unânime,
a dor também é exímia ao ensinar.
Revolução de titãs, batalhas internas,
Todavia, em todas as vias…
diante das resistências impostas
Vencida… Contrariada…
lânguida, renuncia a guerreira.
Entrega os pontos,
Contraponto que a voz sabe cantar…
Eu lírico, consciência íntima,
Revolução dentro de mim,
Quem vence? Quem perde?
Ninguém!
Destreza do bom-senso pelo qual se encontra o óbvio…
O infinito, aos cântaros transborda emoção,
E o que deveras permanece é o amor que ali habita,
o senhor da terra, transgressor das regras…
Despindo-se da indumentária de dúvidas
volta-se ao espelho e contempla-se novamente completa!
Duas partes em uma…
À revelia, o amor!
[Verônica Pacheco]
Publicado em  por Verônica 

Controverso