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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Reflexo



Ainda é noite,
Ouço a chuva, o vento...
Faz frio.
De um lado para outro, inquieta, percorro-me...
Diante do espelho da minh'alma,
vejo refletida uma imagem,
Igual à todas
num tão diferente jeito de sentir...
Intangível,
Improvável,
Intransponível no meu próprio ser...
Sou eu.
Questiono-me:
quão grande é o propósito
da minha vinda...
A razão de ser eu,
E a de estar exatamente aqui...
Não sei à que vim,
Mas ao menos
uma certeza, tenho...
A minha estada não há de ser vã...
Não preciso de um só caminho,
Os tenho todos em mim...
E quando o momento chegar, irei.
Onde?
Não sei!

[Verônica Pacheco]

3 comentários:

SIMONI SANTOS disse...

Hoje o sol nasceu mais cedo ... lá fora o vento e o frio castigam as árvores ... sabes onde quer ir ... siga!!

Edu Lazaro disse...

Nos reflexos esperamos a calma para que as ondas não nos engane a vista...

Anônimo disse...

me lembrou Nietzsche
...
"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida.
- ninguém, exceto tu, só tu.
Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias.
Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar.
Onde leva?
Não perguntes, segue-o!"
Friedrich Nietzsche