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domingo, 1 de maio de 2016

Lua Nossa





A noite é promessa,
afago, saudade, lembrança...
Tão perto do tempo onde tudo é eterno
toda Lua, Senhora da noite,
Tão Lua, tão toda...
Em sua essência
Absoluta
Liberta os sonhos
e me prende,
desprende de mim
toda a inspiração
Tanto quanto o imenso vazio
projetado na escuridão
da ausência,
Procuro em vão
aquelas respostas
para as perguntas de agora
Que mudam, sem rumo
e já não são mais as mesmas
De antes...

(Verônica Pacheco)


   ----- um rascunho abandonado de 2013.


Nostalgia




De todas as coisas complexas, 
um todo sempre vazio
Dos lugares, do céu e do mar...
Do ar rarefeito
que me resta res(pirar)
Do ser... do estar...
Sinto tanto nada
Tanto "tudo"
 desperdiçado...
Sentimentos 
despedaçados
pelo egoísmo possesso
me deixa ao menos suspirar
Pessoas vazias
repletas de teorias rasas,
Gente de alma pesada
naufragando nas suas próprias poças
águas... mágoas.
Frases prontas, 
Erros velados sendo compartilhados
A superficialidade sendo cultuada
Ideias sem nexo, vida sem vida
Estradas de via dupla
sem horizonte, sem fluxo...
E as horas passam
Se encontram... 
e desencontram
Horas iguais
dias e dias 
sem sentido
E o tempo 
vai-se indo...
E eu aqui...
de longe, e tão perto
Observando o vácuo,
esperando que o tudo 
finalmente se faça...
que a esperança se refaça!

(Verônica Pacheco)